Quarteto em contínua ascensão de visibilidade popular desde a estreia com o já longínquo «Nihiliste(s)», os franceses CELESTE regressam em força agora pela mão da Nuclear Blast, num registo que à luz dessa condicionante não tem muito com que surpreender (lamentavelmente) aqueles que têm vindo a acompanhar com curiosidade o percurso do grupo. «Assassine(s)» relega para segundo plano o sentido de agressão e profundidade de uma proposta como o anterior «Infidele(s)», dando espaço a uma mescla post-metal meio à la carte, onde os traços mais identitários da banda se diluem por caminhos descaracterizados. Apontamentos hardcore como no «Misanthrope(s)»? Nem com uma lupa. A progressão e sentido rítmico que têm derivado de forma mais ou menos automática das margens do djent continua presente, mas por outro lado há aqui um sentido melódico como ainda não tínhamos ouvido, uma atmosfera que quando se cruza com a criatividade percussiva num tema como «Nonchalantes De Beauté» dá a ver um lado mais dinâmico da banda. Tudo no sítio certo, mas sempre previsíveis. O problema está também na produção de Chris Edrich, famoso pela sua associação dos GOJIRA e TESSERACT, entre outros: formulaica e muito pouco desafiante, a arrastar constantemente a sonoridade dos franceses para o rés do chão do lugar comum. [6.5]