CARACH ANGREN

CARACH ANGREN desvendam o EP «The Cult of Kariba» antes da data de edição [streaming]

Para ouvir do início ao fim! Os CARACH ANGREN regressam às origens com o novo EP «The Cult of Kariba».

Com o lançamento de «The Cult of Kariba», os CARACH ANGREN mergulham de novo nas trevas onde tudo começou. A banda neerlandesa de auto denominado ‘horror black metal’ retoma o mito que deu origem à sua identidade — o da Dama Branca de Schinveld — e expande-o com nova figura igualmente trágica e sinistra: Kariba, a envenenadora, a bruxa, a sombra da Dama Branca. A ser lançado pela Season of Mist amanhã, sexta-feira, 17 de Outubro, o EP marca um regresso às origens narrativas do grupo, num ritual musical de vingança, loucura e renascimento — e já pode ser escutado na íntegra em baixo.

O conceito de «The Cult Of Kariba» nasceu de uma história perdida entre o folclore local e a superstição ancestral. Inspirando-se em poemas antigos, peças de teatro esquecidas e textos ocultistas, os CARACH ANGREN constroem um enredo onde um culto subterrâneo, nos bosques de Schinveld, tenta ressuscitar Kariba — a mulher condenada por bruxaria e morte por envenenamento, cuja alma volta para reclamar justiça. O resultado é uma obra com cinco temas interligados que formam um único arco narrativo, em que o ouvinte é arrastado por uma descida ritual ao abismo.

Desde o presságio sombrio de «A Malevolent Force Stirs» até à possessão final em «Venomous 1666», o novo EP dos CARACH ANGREN alterna entre momentos de grandiosidade orquestral e ataques de fúria black metal, mantendo sempre a assinatura cinematográfica que distingue o duo. No centro, destaca-se «The Resurrection Of Kariba», em que o ritual de invocação atinge o clímax, e «Ik Kom Uit Het Graf», cantada em neerlandês, onde Kariba regressa do túmulo num acto de vingança implacável.

No final, percebe-se que cada composição funciona como um capítulo de uma narrativa contínua, com princípio, meio e fim, o que reforça o domínio da banda sobre a arte de contar histórias através do som. Musicalmente, «The Cult of Kariba» é o resultado da colaboração de longa data entre Clemens “Ardek” Wijers e Dennis “Seregor” Droomers, os dois fundadores da banda em 2003. Ardek foi responsável pelas orquestrações, pré-produção e direçcão artística, enquanto Seregor dá voz à personagem central através da sua performance vocal e das guitarras.

A dupla contou ainda com Patrick Damiani (do Tidal Wave Studio, na Alemanha) na gravação, mistura e masterização, Gabe Seeber (do Mayhemeness Recording Studio) na bateria e Nikos Mavridis no violino, cujas passagens intensificam o ambiente ritualista do disco. A voz narrativa de Tim Wells e a arte visual criada por Stefan Heilemann, com a modelo Lara Mauve, vêm completar a experiência que os CARACH ANGREN procuram oferecer sempre: uma fusão entre o cinema e a música extrema.

A escolha de voltar à história de «Lammendam», de 2008, não é acidental. Foi esse o disco que definiu o estilo inconfundível dos CARACH ANGREN — uma mistura entre o teatro do horror e a violência do black metal sinfónico. Na altura, esse foi o disco que apresentou a tal lenda da Dama Branca de Schinveld, uma mulher cuja morte trágica em chamas deu origem a um espírito errante que atormenta a floresta. Agora, Kariba surge como o seu reflexo corrompido, uma presença mais humana, mais vingativa, e talvez mais real.

Ao longo de mais de duas décadas, os CARACH ANGREN tornaram-se sinónimo de storytelling sombrio dentro do metal extremo. àlbuns como «Death Came Through A Phantom Ship», inspirado em lendas marítimas, ou «Where The Corpses Sink Forever», que abordava os traumas da guerra, demonstraram o apuro conceptual do grupo. Com «This Is No Fairytale» mergulharam nos horrores domésticos sob a máscara de um conto de fadas distorcido, enquanto «Dance and Laugh Amongst the Rotten», de 2017, e «Franckensteina Strataemontanus», de 2020, exploraram, respectivamente, o sobrenatural e a alquimia científica.

Em «The Cult of Kariba», a banda une todos esses elementos — o terror psicológico, o misticismo histórico e a estética teatral — para criar uma obra concisa, mas profundamente evocativa. Cada detalhe foi pensado para servir o enredo, desde os arranjos de cordas que sugerem cerimónias antigas até às vozes espectrais que ecoam como preces profanas. O resultado parece emergir das sombras do passado, onde mito e música se confundem num mesmo feitiço: um registo curto, mas envolvente, que mistura a grandiosidade sinfónica com a agressividade do black metal, consolidando os CARACH ANGREN como mestres na arte de contar histórias de terror através do metal. As pré-encomendas já estão disponíveis através do site oficial da Season Of Mist.