Chris Barnes ou George “Corpsegrinder” Fisher — afinal quem é o melhor vocalista dos CANNIBAL CORPSE? Este é um daqueles assuntos delicados, e que muitas discussões tem gerado ao longo das décadas entre os fãs de música extrema. Agora, numa entrevista recente com o Pod Scum, Paul Mazurkiewicz, o baterista e membro fundador dos veteranos do death metal, reflectiu sobre a decisão de, em 1995, se separarem de Barnes e substituí-lo por Fisher. “É uma loucura pensar que fizemos isso“, começou por dizer Paul. “E aqui estamos maiores do que nunca, o que é difícil de conseguir. A era inicial, a ‘era Barnes’, como acho que todo mundo lhe chama, foi o começo desta banda; foi o que obviamente nos iniciou. E estávamos a ir muito bem. Já tínhamos subido uns degraus. Estávamos a crescer. Eramos uma força a ser reconhecida. Portanto, mudar de vocalista no meio disso parece uma decisão um pouco louca, mas tinha de acontecer. Agora, se olharmos para trás, é óbvio que todos sentimos que a banda melhorou… E no geral, o George é um vocalista melhor. Seguimos em frente — e aqui estamos. Caramba, o Barnes está fora da banda há quanto tempo agora? 25 anos ou mais.”
Quanto à eterna discussão entre fãs, o baterista diz que a percebe, mas — compreensivelmente — não lhe presta assim grande atenção. “Ambas as épocas significam algo, é claro“, diz Mazurkiewicz. “Sendo que esse foi o começo, é claro que vamos apanhar aqueles puristas que vão dizer que preferem esses discos… Por mim, OK — tanto faz. Eu não tenho nenhum problema com isso. É o que é. Ele fazia parte da banda e demo-nos bem; não era como se ele não fosse nada ou nada estivesse a acontecer naquela altura. Na verdade foi uma mudança grande e com a qual tivemos de lidar, mas felizmente fomos capazes de perseverar, superar isso e ficarmos maiores que nunca. Acho que as pessoas vão sempre debater essas cenas, vai haver sempre pessoas a falar sobre isso. Mas essa é a história da banda. Quer gostem ou não, quer gostemos ou não, não importa. Ele faz parte da história dos Cannibal Corpse, assim como qualquer membro que tenha passado pela banda. Se não fosse por ele, pelos cinco membros originais, talvez a banda nunca tivesse existido. Portanto, essa foi uma era importante e não pode ser esquecida.” Supostamente, Chris Barnes deixou os CANNIBAL CORPSE devido a divergências sobre a direcção mais técnica que a banda estava a tomar ainda durante o processo de composição do material que acabaria por ser incluído no álbum «Vile», de 1996.