O «Vile» foi editado a 21 de Maio de 1996 e celebra hoje o seu 28.º aniversário. Cinco meses depois, durante a ‘Monolith Of Death Tour’, os CANNIBAL CORPSE estiveram imparáveis em Bradford, no Reino Unido. Para ver na íntegra.
Uma das bandas de death metal mais influente e controversa de que há memória, os CANNIBAL CORPSE surgiram em 1990 com um ataque furioso marcado por blastbeats pulverizantes, vocalizações guturais e letras extremas e ultra violentas. Deleitando-se com imagens de horror, a arte gráfica das capas do grupo e os títulos sórdidos das suas canções atraíram grande controvérsia ao longo das décadas e, às vezes, até resultaram na proibição de alguns álbuns.
No entanto, essa estética macabra e impenitente rendeu aos CANNIBAL CORPSE um culto fanático, com álbuns como «Butchered At Birth», «Tomb Of The Mutilated» ou «The Bleeding» a ajudarem a torná-los uma das bandas de death metal mais vendidas do mundo. De todos os tempos. Essa tendência manteve-se mesmo depois de, em, se terem separado do icónico vocalista Chris Barnes, a meio da gravação deste disco que nos traz aqui hoje.
Lançado a 21 de Maio de 1996 pela Metal Blade Records, o «Vile» foi a primeira gravação dos CANNIBAL CORPSE com o vocalista George “Corpsegrinder” Fisher. A banda tinha conquistado um número muito considerável de seguidores na comunidade do death metal com os seus primeiros quatro álbuns, e esse sucesso continuou, com Fisher a trazer um dinamismo vocal e carácter que deu início a uma nova fase de um percurso que, até ali, contava apenas seis anos.
A capacidade que Fisher demonstrou desde logo para combinar a intensidade musical e o ritmo dos riffs mais complexos do «Vile» criou uma essência mais sofisticada, mas igualmente tortuosa e brutal, para os CANNIBAL CORPSE, com a arte do álbum e os títulos das músicas (embora horríveis ao extremo) a serem um tanto atenuados quando comparados com os lançamentos anteriores.
Apoiados estoicamente na intenção de provarem o seu valor como músicos, «Vile» acaba mesmo por demonstrar um compromisso com o crescimento e a expansão musical dos CANNIBAL CORPSE: temas como «Devored By Vermin» e «Bloodlands», para citar só dois dos exemplos mais óbvios, apresentam ideias musicais mais complexas, mais focadas e, simplesmente, mais interessantes, bem como um foco maior na execução precisa.
A provar que este material envelheceu muito bem, aproveitamos para recordar este concerto, captado em Outubro de 1996, no célebre Bradford Rios, em Inglaterra. Fãs de death metal que ainda não tenham descoberto os CANNIBAL CORPSE seriam sensatos se vissem este vídeo (e ouvissem um disco como o «Vile») com a mente aberta. Seria o primeiro passado para entenderem como uma proposta tão cruel e extrema conseguiu manter os seus seguidores tão fanáticos ao longo das décadas.
ALINHAMENTO:
01. «Perverse Suffering» | 02. «Stripped, Raped And Strangled» | 03. «Covered With Sores» |
04. «Monolith» | 05. «Pulverized» | 06. «Puncture Wound Massacre» | 07. «Bloodlands» |
08. «Fucked With A Knife» | 09. «Gutted» | 10. «Disfigured» | 11. «Orgasm Through Torture» |
12. «Shredded Humans» | 13. «Staring Through The Eyes Of The Dead» |
14. «A Skull Full Of Maggots» | 15. «Devoured By Vermin» | 16. «Hammer Smashed Face»