Com as gravações do oitavo álbum prestes a arrancar, os BULLET FOR MY VALENTINE entram em 2026 com a promessa de um regresso que procura sintetizar duas décadas de carreira sem nostalgia gratuita, mas com plena consciência do seu percurso e do legado que continuam a construir.
Os BULLET FOR MY VALENTINE confirmaram que vão iniciar as gravações do seu oitavo LP de estúdio no início de Fevereiro do próximo ano. A revelação foi feita por Matt Tuck, vocalista, guitarrista e timoneiro da banda galesa, numa nova entrevista onde fez ainda um ponto de situação detalhado sobre o processo criativo e o calendário previsto para o próximo capítulo discográfico do grupo.
Segundo Matt Tuck, o álbum encontra-se ainda numa fase intermédia, dividida entre composição e pré-produção, mas com datas já bem definidas para a sua conclusão. “Por enquanto ainda estamos na fase de escrita e de pré-produção. Penso que a 5 de Janeiro vamos voltar a mergulhar nisso para terminar tudo e, se tudo correr como planeado, por volta do dia 1 de Fevereiro começamos a gravar o álbum a sério”, explicou o músico à Rolling Stone Brasil, sublinhando que, apesar de alguns atrasos, o processo está a avançar de forma consistente.
Segundo o líder dos BULLET FOR MY VALENTINE, esses atrasos não resultaram de qualquer bloqueio a nível criativo, mas sim de circunstâncias práticas que surgiram de forma inesperada. “Demorou um pouco mais do que antecipávamos, mas surgiram muitas coisas de última hora… E isso é normal. Tenho a guitarra aqui comigo [no quarto de hotel, durante a digressão latino-americana dos BULLET FOR MY VALENTINE], e temos os nossos portáteis, por isso estamos a trabalhar nos hotéis, a divertirmo-nos e a ser bem criativos”, revelou.
O entusiasmo é tal que a banda já aponta para uma janela concreta de lançamento de nova música. “Com sorte, teremos música nova para mostrar algures entre Abril e Maio de 2026; é esse o objectivo”, acrescenta o músico. No que diz respeito à direcção musical dos novos temas, Matt Tuck deixou pistas claras sobre a sonoridade que os fãs podem esperar. Longe de representar uma ruptura ou ser um exercício conceptual forçado, o novo álbum parece ter surgido de forma bastante orgânica como um ponto de encontro entre diferentes fases da discografia dos BULLET FOR MY VALENTINE.
“Se tivesse de descrever o que este álbum transmite, diria que soa como um cruzamento entre o último LP, o «Fever» e o «The Poison»”, atirou Tuck. “Sinto-o mesmo como uma mistura de todos os grandes momentos da nossa carreira. Não foi algo planeado; foi simplesmente como este processo de escrita aconteceu. Fomos seguindo o fluxo de inspiração e deu nisto.” Essa naturalidade, segundo o músico, pode resultar num dos discos mais representativos da identidade dos BULLET FOR MY VALENTINE.
“Acho genuinamente que este álbum vai agradar a muita gente. Tem todos os ingredientes que as pessoas sempre gostaram na banda. Pode ser o disco mais definitivo dos BULLET FOR MY VALENTINE? Sim, talvez. Estamos mesmo muito entusiasmados”, concluiu o guitarrista e vocalista.
Estas declarações surgem após um período particularmente simbólico para a banda galesa. Durante a primeira metade de 2025, os BULLET FOR MY VALENTINE estiveram em digressão pela Europa e pela América do Norte para celebrarem os 20 anos do álbum de estreia «The Poison», um registo que não só definiu o som inicial do grupo como marcou uma geração inteira do metal moderno. Lançado em 2005, catapultou rapidamente os BULLET FOR MY VALENTINE para um patamar inesperado.
Em termos discográficos, o mais recente lançamento dos BULLET FOR MY VALENTINE continua a ser a versão deluxe do homónimo «Bullet For My Valentine», editada em Agosto de 2022 numa colaboração entre a Spinefarm e a Search & Destroy. Essa edição expandida incluiu quatro temas inéditos, além de «Stitches», faixa anteriormente disponível apenas no mercado japonês. Após o lançamento em CD e formato digital, o álbum viria ainda a conhecer uma edição em vinil em Novembro do mesmo ano.