ELECTRIC CALLBOY

BRUCE DICKINSON mantém a equipa de «The Mandrake Project» para o novo capítulo da sua carreira a solo.

Depois de um hiato de 19 anos entre os álbuns «Tyranny Of Souls», de 2005, e «The Mandrake Project», de 2024, Bruce Dickinson parece determinado a não repetir tamanha espera. Durante uma sessão ao vivo com a editora Z2 Comics no Instagram, o vocalista dos IRON MAIDEN confirmou que já está a preparar o sucessor de «The Mandrake Project» e que visitou recentemente o estúdio onde esse novo registo vai ser gravado. A banda de apoio continuará a ser a mesma que o acompanha actualmente, com o nome The House Band Of Hell.

“É uma série de 12 episódios [refere-se à banda desenhada associada a «The Mandrake Project»], por isso estes são quatro deles. Depois haverá mais quatro, e depois mais quatro, até termos um grande livro no final”, explicou Dickinson, referindo-se ao universo expandido do álbum em colaboração com a Z2 Comics. “Mas sim, a resposta é sim. E vai haver, claro, uma sequela de «The Mandrake Project», do álbum, com a The House Band Of Hell. Curiosamente, estive hoje num estúdio, a analisar o local onde vamos gravar o novo disco. É entusiasmante.”

Torna-se óbvio que BRUCE DICKINSON não perde tempo. Ainda com o muito aclamado «The Mandrake Project» a ecoar nos ouvidos dos fãs e a ser apresentado ao vivo em digressão mundial, o vocalista dos IRON MAIDEN revelou ter passado três semanas em estúdio a trabalhar em novas ideias, das quais já há 18 faixas em formato demo. A gravação do LP está apontada para o início de 2026, com a mesma equipa criativa que deu forma ao mais recente trabalho.

“Estive no estúdio a gravar maquetas com toda a gente nas últimas três semanas e acabámos com 18 temas em 15 dias”, contou DICKINSON com entusiasmo. “Vai ser um álbum mesmo fixe”, acrescentou, revelando também que Brendan Duffey, o engenheiro responsável pelas misturas de «The Mandrake Project», vai regressar ao papel de produtor neste novo registo. Duffey começou por colaborar com DICKINSON nas misturas Dolby Atmos de «The Mandrake Project», mas rapidamente a relação evoluiu.

“Começámos com ele a fazer as misturas em Atmos e depois foi do tipo ‘suponho que também faças stereo’. E ele é excelente”, comentou o cantor. O bom entrosamento levou a que toda a equipa do álbum anterior seja mantida para esta nova fase criativa. Quanto ao calendário, o cantorjá tem espaço reservado para se dedicar por completo à nova aventura musical. “Janeiro, Fevereiro, Março e Abril do próximo ano estão livres para mim”, explicou, confirmando que as gravações deverão arrancar durante esse período.

E não é tudo. Além de novos temas, o Sr. Dickinson revelou planos para uma nova edição de «Balls To Picasso», o seu segundo álbum a solo, lançado originalmente em 1994. Desta vez, a reedição vai muito para além de uma simples remasterização. “Vamos lançar em breve uma nova versão, completamente remisturada, reimaginada, reestruturada, com partes adicionais, orquestras, secções de cordas, secções de metais… Do «Balls To Picasso», sim. E isso sairá, creio eu, mais ou menos a meio do Verão. Estará disponível mais ou menos na mesma altura da digressão.”

A digressão em questão é precisamente o ponto alto do regresso a solo de Bruce Dickinson para este ano: uma extensa tour norte-americana que marca o seu primeiro circuito prolongado pelo continente em quase 30 anos. Com arranque marcado para 22 de Agosto em Anaheim, na Califórnia, a digressão promove o actual álbum «The Mandrake Project» e conta com uma formação de luxo: Philip Naslund e Chris DeClercq nas guitarras, Dave Moreno na bateria, Mistheria nos teclados e Tanya O’Callaghan no baixo.

O itinerário da digressão inclui cidades como Las Vegas, Phoenix, Houston, Nova Orleães, Nova Iorque, Toronto, Montreal, Chicago e Los Angeles, além de paragens em dois grandes festivais — o Rocklahoma, a 31 de Agosto, e o Louder Than Life, a 21 de Setembro. A rota estende-se até 5 de Outubro, encerrando no emblemático The Wiltern, em Los Angeles. Portanto, com este anúncio duplo — um novo disco já em preparação e a reedição sinfónica de um clássico —, Bruce Dickinson reafirma uma vez mais toda a sua vitalidade criativa fora dos IRON MAIDEN, apostando tanto em inovação como em reinvenção do seu legado a solo.