Ontem à noite, o LAV – Lisboa Ao Vivo recebeu o concerto de aquecimento, se assim se pode dizer, do prato forte que vai ser a presença dos IRON MAIDEN hoje no Estádio Nacional. Na sala, muitos fãs dos britânicos, como seria de esperar, que não quiseram perder a oportunidade de ver não só a “outra banda” de Steve Harris, mas também os AIRFORCE, que têm na sua formação um ex-baterista dos Maiden, Doug Sampson, e ainda o luso Flávio Lino na voz como principais atracções. Com o seu heavy metal puro e duro, mostraram ter temas com enorme potencial. «Son Of The Damned», «Heroes», «Band Of Brothers» ou «Sniper», esta a fechar a actuação, deram para mostrar não só as capacidades vocais de Flávio, mas também a capacidade de composição e interpretação da banda. Até acabaram por beneficiar de um melhor jogo de luz que os BRITISH LION, certamente por opção, e o som estava quase perfeito. Às 21:30, já com uma sala mais composta, subiram ao palco Harris e companhia. Honestamente, a expectativa não era muito elevada, tendo em conta que os discos, apesar de bons, não são muito memoráveis, mas ao vivo a banda ganha toda uma outra dimensão — com um som alto e bem definido, com destaque como sempre para o baixo de Steve Harris. A dupla de guitarristas, composta por Graeme Leslie e David Hawkins, também se destacou pela destreza de execução dos seus instrumentos. O vocalista Richard Taylor esteve em bom nível, e em temas como «City Of Fallen Angels», «The Burning», «Spitfire» ou «Bible Black» mostrou que, não sendo um virtuoso na voz, aguenta-se bem. Para o final ficaram os temas «Last Chance» e «Eyes Of The Young», numa altura em que o pensamento já estava centrado no que vai acontecer mais logo, no Estádio Nacional.
FOTOS: Jorge Botas