Os nacionais BØW são uma verdadeira força da natureza e, apostando no hardcore e numa pertinente e bem divertida ligeireza filosófica cheia de referências a “Point Break” e Santa Cruz a servir de Califórnia, afirmaram-se em cena com o curtíssimo e promissor registo que é «Infectious Salty Assault». O disco de estreia do grupo foi gravado pelo Sérgio Prata Almeida, tal como os registos dos Don’t Disturb My Circles, banda que esteve na génese deste novo projecto. E sim, há outros pontos de contacto entre ambos, como a filosofia DIY, a agressividade e a sobrecarga de médios muito presente na impressionante parede de distorção. Junte-se a isto as vocalizações contra a moagem que nos é imposta pelo sistema, encarnando Bodhi. Na review que fizeram a «Infectious Salty Assault», os nossos parceiros da ROMA INVERSA garantem que os temas nos vão fazer tornar a subir à biga de “Fedro” e a pegar-lhe nas rédeas. Portanto, já se espera muito, muito mais, desta gente tão brevemente quanto possível. No entanto, enquanto não há novo registo, os BØW estrearam um vídeo promocional para «Egolitarianism», onde se sente bem essa fusão punk/hardcore ao jeito dos Bad Brains e Trash Talk com um certo grunge que, dos Nirvana, desaguou em bandas como D.A.R.E., Candy, SPY e Drain. Em suma, o que temos aqui é um feroz manifesto contra qualquer forma de totalitarismo, sem compromissos na sua agressividade e nas expressões de raiva e frustração, vociferadas contra aqueles que se dedicam a oprimir os direitos e dignidade social dos outros.