Um ano depois de terem encantado Lisboa e Porto com o seu rock intemporal, os BLUES PILLS regressam a Portugal para mais uma data-dupla em nome próprio. A banda liderada por Elin Larsson atua no Lisboa Ao Vivo e no Hard Club, a 24 e 25 de Março.
Poucas são as bandas contemporâneas que têm sorte (e talento!) suficiente para, num curto espaço de tempo, conseguirem definir um estilo único, individual e inimitável, abençoado por uma voz tão incrível e quente como versátil. Isso é ainda mais raro quando se fala de blues rock tradicional, com raízes bem definidas nas regras básicas da tendência. Os BLUES PILLS contêm todos esses elementos e usam-nos de uma forma muitíssimo inteligente para criar música extraordinariamente orelhuda e apelativa, que consegue a façanha de soar original e refrescante mantendo-se, simultaneamente, fiel às tradições do género estabelecidas nas décadas de 60 e 70.
São, no entanto, as características individuais do grupo que tornam a música que fazem tão electrizante; o baixo constante de Zack Anderson, o ritmo acelerado de André Kvarnström, a criatividade de Dorian Sorriaux na guitarra e, claro, o inimitável registo vocal da talentosa Elin Larsson separam-nos sem grande dificuldade de toda a competição. A jovem sueca é dona de um registo vocal raro nestes dias de autotune e estilo sobre substância; uma voz que escorre com emoção bluesy e geme com o poder de ícones como Janis Joplin, Aretha Franklin ou Tina Turner.
A banda usa os blues e o rock como base para as suas composições e injecta-lhes elementos de funk, soul, jazz e metal, gerando um som dinâmico que tem tanto de visceral e quente como de delicado. Sem nunca se perderem em pormenores cosméticos desnecessários, vão directos ao assunto e, com uma classe assinalável, levam o ouvinte numa viagem por montes e vales, que tanto o pode pôr a bater o pé involuntariamente como a fantasiar sobre o Verão de 1968. No final, o resultado desta união de talento inato é a prova irrefutável de que o bom e velhinho rock’n’roll não tem idade, é intemporal. A conferir, ao vivo e a cores, nos dias 24 e 25 de Março de 2017, no Lisboa ao Vivo e no Hard Club, em Lisboa e Porto, respectivamente.
Os bilhetes para o concerto custam 20€, à venda nos locais habituais.