BLEEDING DISPLAY: «Basement Torture Killing» [estreia exclusiva]

Já se passaram oito anos desde que os BLEEDING DISPLAY lançaram o seu segundo trabalho de estúdio.Apesar de nunca deixarmos de estar activos como banda, foram vários os factores que não nos possibilitaram regressar mais cedo às gravações, como mudanças de membros, concertos, questões pessoais ou até mesmo a pandemia, que nos afetou a todos”. Quem o afirma é Sérgio Afonso, vocalista e um dos fundadores da banda, num já longínquo ano 2000. “Todos nós na banda, temos as nossas vidas um pouco limitadas a nível de disponibilidade, seja por razões laborais, pessoais ou outros motivos alheios ao grupo, o que não nos permite ter a disponibilidade para a música que gostaríamos”, revela Sérgio. “Tivemos também uma troca de elementos, em que saiu o João Ferreira, membro fundador da banda, mas que por razões pessoais não pôde continuar connosco”. João esteve presente até 2019, ocupando-se das guitarras. “Independentemente disso temos estado activos e a compor ao longo destes anos, infelizmente nunca foi oportuno para nós lançarmos mais cedo”, explica o vocalista que agora julga “ser este o momento oportuno para lançar o disco”.

O álbum vai intitular-se «Dawn Of A Killer», com lançamento através da VOMIT YOUR SHIRT e MIASMA Records. Previsto para o próximo mês de Julho, vê agora ser revelado o primeiro tema. Gravado e produzido por Samuel Trindade, também guitarrista, e restante banda, tem ainda todo o layout também a cargo do próprio Samuel. Este «Dawn Of A Killer», terceiro longa-duração do quinteto, será um trabalho conceptual, em que cada uma das nove músicas irá contar a história de um serial killer. “Optámos por esta temática porque já vínhamos a explorar no disco anterior, com este disco quisemos dar uma descrição mais detalhada e pessoal sobre cada serial killer”, explica o vocalista. O grupo tem vindo a trabalhar “ao longo de dois anos neste lançamento” e espera corresponder às expectativas de quem a segue e poderá seguir, “demonstrando que ainda está activa e com muito para dar”.

A formação actual da banda é composta por Sérgio Afonso, voz, Samuel Trindade e João Jacinto, nas guitarras, com o ritmo a dividir-se pelo baterista Juca, e o baixista Diogo Silva. “Os novos elementos já estavam de certa forma ligados à banda, no caso do Samuel, além de ser um amigo, tinha estado a trabalhar com ele no álbum da sua outra banda, os Disassembled, e já nos tinha ajudado também na parte gráfica do layout do nosso segundo disco”, explica Sérgio. “A entrada dele acaba por ser natural e óbvia, peca por tardia apesar de já estar na banda desde 2014. O Samuel veio de facto acrescentar aquilo que nos faltava e estávamos a precisar para continuar e inovar o nosso percurso como banda de death metal”. Segundo o vocalista, “no caso do João Jacinto, é igualmente um amigo da banda e já nos tinha ajudado em alguns concertos, nomeadamente por motivos de ausência do Diogo Silva. Depois da saída do João Ferreira a entrada do João Jacinto, pareceu me mais do que adequada e lógica. Veio também acrescentar todas as suas aptidões técnicas sobejamente conhecidas, que partilha também nas suas outras bandas, DEAD MEAT e ANALEPSY”.

Agora surge a malha «Basement Torture Killing», que já podes ouvir no player em cima. Era assim que era conhecido o norte-americano Dennis Rader que, entre 1974 e 1991, matou cerca de dez pessoas no estado do Kansas. “Neste disco dedicamos um tema a cada serial killer, não foi fácil a escolha dos indivíduos, não por falta de opções, mas sim porque tínhamos de escolher alguns para podermos retratar”, explica à LOUD! o músico. “Os que escolhemos são certamente conhecidos, no disco contamos as suas histórias e modus operandi. São serial killers que, infelizmente, se tornaram autênticas celebridades mediáticas, o que de certa maneira vêm comprovar o fascínio que a nossa sociedade tem pela morte e violência causada por estes indivíduos”.