Mais de meio século depois, o «Vol. 4» continua a ser um registo icónico dos BLACK SABBATH a dispararem em todos os cilindros.
Lançado originalmente a 25 de Setembro de 1972 pela DGC Records, o quarto álbum dos BLACK SABBATH foi editado há exactamente 52 anos. O disco foi produzido pela própria banda em parceria com Patrick Meehan, nos famosos Record Plant, em Los Angeles, na Califórnia, durante o mês de Maio de 1972.
Agora sabemos que, provavelmente foram estas sessões de gravação que precipitaram a implosão da formação original uns anos depois, mas aqui o quarteto formado por Ozzy, Iommi, Butler e Ward estava em ebulição, registando alguns dos temas mais pesados e diversos da sua carreira até então.
Apesar de parcialmente desprezado pela imprensa aquando da sua edição, o «Vol. 4»acabou por alcançar o status de ouro em menos de um mês e foi o quarto lançamento consecutivo dos BLACK SABBATH a vender um milhão de cópias nos Estados Unidos — sendo que atingiu as posições # 13 e #8, na Billboard e na tabelas de vendas britânica, respectivamente. Após uma extensa tour pelos Estados Unidos, o grupo fez também a sua primeira incursão pela Austrália em 1973 e, depois, partiu em direcção ao velho continente.
Num alinhamento em que «Wheels Of Confusion», «Snowblind» e «Changes» brilham com uma força enorme, há outro tema que se destaca como, provavelmente, um dos melhores que a banda alguma vez gravou. Se, à entrada de um qualquer concerto dos BLACK SABBATH, obrigassem os fãs a enunciarem as suas cinco canções favoritas, provavelmente muitos teriam de devolver o bilhete. Felizmente já não vai haver mais concertos da banda, ou haverá?
Divagações à parte, o certo é que «Supernaut» certamente será um dos temas que podiam figurar nessa lista de cinco, mesmo não sendo tão obrigatório como «Paranoid». É o quinto tema a figurar neste «Vol. IV», um dos melhores trabalhos da banda britânica. O seu riff é um dos melhores da fase Ozzy e também daqueles que ajudou a definir o heavy metal enquanto estilo. Toda a canção gira à volta do riff de Iommi, com a letra de Geezer a assentar nos momentos em que o riff acalma. Talvez por isso, seguiria a banda até aos seus últimos concertos e, mais de um quarto de século depois, continua a soar tão vital como quando foi editada originalmente.