Não são piratas, mas, para o nome do grupo, foram inspirar-se no mais popular livro de pirataria. BLACK HILL COVE é retirado da «Ilha do Tesouro», de Robert Louis Stevenson. Depois da apresentação com «Trindade», o trio estreia agora o seu novo single em exclusivo com a LOUD! e, mesmo que ainda não tenham ouvido falar do projecto, os seus membros são já velhos conhecidos. Dois deles foram inclusivamente companheiros em outro grupo. Um deles é João Silva, baterista, com passagem pelos LÍRIO CÃO e FUNERAL PARTY, além dos PAINTRUCK, onde se cruzou com Nuno Aguiar de Loureiro, que revela ter sido ele a “desafiar o João para voltar a tocar outra vez, depois de ter estado algum tempo parado”.
Nuno, como guitarrista, já conheceu vários grupos: IGNITE THE BLACK SUN, EXILED, GROG, SUBLEVEL e SQUAD, para citar apenas os mais conhecidos. Como produtor e técnico de som, a sua carreira já passou há muito para território internacional, mas aqui o objectivo estabeleceu-se com “os dois a trabalhar em músicas novas”, de tal forma que “a direcção musical se definiu por si só muito facilmente”. Na falta de vocalista, apareceu então Rui FAC, dos jackieD, GRANKAPO ou CENTOPEIA 666. “O nome do Rui esteve sempre presente e tivemos a sorte de quando lhe apresentei o projecto, ele gostar da ideia e das demos das músicas”, esclarece o guitarrista. “Saltou a bordo e passámos a ser um power-trio”.
«Become the Fire» é o novo single da banda, segundo tema a ser apresentado até agora. Para já não se anuncia um álbum — o que, segundo Nuno, “faz parte da estratégia de promoção da banda” — e não há também planos para o número de singles que virão por aí, pois “enquanto houver restrições como consequência da pandemia não faz sentido, como banda ainda desconhecida, lançar já um formato físico”, explica. “Não existem concertos para poder promover” um possível álbum e os singles irão ficar disponíveis como no Youtube e no Bandcamp. É o que acontece já com «Trindade», “exemplo da diversidade sonora” de um grupo em que “os gostos são eclécticos”. Alinhando num espectro mais pesado, não deixam de lado “algum groove e traços marcados de hardcore e thrash contemporâneo”, sem pretenderem “repetir a mesma fórmula”.