BIOLENCE

BIOLENCE disparam «Heavy Artillery» e iniciam contagem decrescente para o novo álbum [streaming]

O terceiro avanço para «Violent Obliteration», o novo álbum dos BIOLENCE, chega em forma de munição pesada e mostra os veteranos do thrash/death nacional em modo de combate total.

Após mais de duas décadas a construir uma carreira marcada pela consistência, brutalidade e postura intransigente, os BIOLENCE voltam com um novo álbum de estúdio, que promete ser o mais directo e esmagador da sua discografia. Com lançamento agendado para o dia 1 de Setembro de 2025, «Violent Obliteration» assinala uma nova fase para a banda oriunda de Vila Nova de Gaia, que conta agora com o apoio de três editoras fundamentais na cena underground portuguesa: Raging Planet, Selvajaria Records e Doomed Records.

Para antecipar o lançamento do álbum, a banda decidiu juntar-se à LOUD! para revelar em exclusivo o tema «Heavy Artillery» através de um lyric vídeo. Trata-se do terceiro tema a ser libertado deste novo registo e representa uma das faixas mais explosivas do alinhamento. O título, por si só, já aponta para o tipo de impacto que se pode esperar: uma descarga sónica arrasadora, com letras que funcionam como denúncia e aviso — uma demonstração clara da postura inabalável da banda e do tipo de arsenal sonoro que estão prestes a lançar sobre o público.

Com o panorama global mergulhado numa crise climática, geopolítica e ética, os BIOLENCE voltam a carregar as armas e a apontar o dedo, não como meros cronistas da decadência, mas como agentes activos de uma resistência musical que recusa o silêncio. O thrash e o death metal que praticam são veículos de confronto, de exposição e de combate.

Gravado nos Darkhammer Studios, o disco resulta de uma colaboração intensa entre os membros dos BIOLENCE e a equipa responsável tanto pela produção sonora como pela identidade visual associada a esta nova fase. O resultado é um álbum que, segundo a própria banda, representa o seu trabalho mais coeso, cortante e devastador até à data — um verdadeiro monumento ao thrash/death metal mais cru e militante, sem cedências, mas com uma clara maturidade acumulada ao longo de mais de 25 anos de actividade.

A sonoridade de «Violent Obliteration» mantém-se fiel à matriz de violência rítmica e densidade que sempre definiu os BIOLENCE, mas agora com um enfoque renovado na coesão estrutural e na eficácia composicional. Os riffs, incisivos e esmagadores, fundem-se com secções rítmicas demolidoras, enquanto as linhas vocais de César C. disparam palavras como se de munições se tratassem, carregadas de crítica e indignação.

Tematicamente, o álbum mergulha nas preocupações que sempre alimentaram o conceito lírico do grupo; os horrores da guerra, a proliferação de armas biológicas e de destruição maciça, a ganância desmedida, a corrupção ética e moral da humanidade e o impacto ecológico irreversível da atividade humana sobre o planeta. Estes temas, que assumem um carácter quase documental no discurso dos BIOLENCE, são abordados com uma clareza e ferocidade renovadas — apontando para os abismos morais e políticos do presente.

A formação actual — composta por César C. (voz e guitarra), David P. (guitarra), Miguel Sousa (bateria) e Daniel M. (baixo) — mostra-se mais coesa do que nunca. Esta estabilidade interna, combinada com a vasta experiência adquirida ao longo de anos de palcos, gravações e resistência no circuito independente, traduz-se numa performance sólida e numa entrega sem concessões. Desde a sua criação em 1998, os BIOLENCE tornaram-se uma das referências mais respeitadas do metal extremo português, tendo tocado já nos principais festivais do país e partilhado o palco com várias bandas de relevo internacional.

«Violent Obliteration» surge como sucessor de um EP amplamente elogiado pela crítica especializada, que destacou a evolução técnica da banda e a sua capacidade de manter a intensidade sem perder a clareza. As notas elevadas atribuídas em praticamente todas as publicações que o analisaram colocaram os BIOLENCE num novo patamar de reconhecimento, algo que este novo trabalho pretende consolidar e superar. Por tudo isso, o álbum promete uma afirmação de relevância, urgência e potência. Numa época em que o mundo parece cada vez mais entregue ao caos que sempre inspirou a música extrema, estes músicos regressam para nos lembrar que ainda há quem transforme a fúria em arte. E essa arte continua a ser uma arma.