BIOHAZARD

BIOHAZARD estreiam novo single «Death Of Me» do aguardado «Divided We Fall» [vídeo-clip]

A agressividade de regresso: os nova-iorquinos BIOHAZARD acabam de lançar o quarto tema de avanço para o seu primeiro álbum em mais de uma década.

Treze anos depois de «Reborn in Defiance», os BIOHAZARD estão oficialmente de volta com a formação clássica, um novo álbum e a mesma fúria de sempre. Intitulado «Divided We Fall», o disco vai ser lançado no dia 17 de Outubro pela BLK I I BLK e promete ser uma descarga impiedosa de riffs abrasivos e crítica social. Os BIOHAZARD acabam de lançar o single «Death Of Me», acompanhado por um visualizador oficial, assinalando mais um passo decisivo rumo ao aguardado novo álbum do grupo.

«Divided We Fall» será o primeiro longa-duração de estúdio da banda em mais de dez anos e promete ser um dos acontecimentos mais marcantes do ano para os fãs do hardcore e do crossover com o metal. A canção foi apresentada como reflexo directo do espírito que sempre definiu os BIOHAZARD: crua, intensa e carregada de lirismo urbano.

O baterista Danny Schuler sublinhou o impacto pessoal da faixa, descrevendo-a como uma síntese das lutas quotidianas que moldam a experiência humana. “«Death Of Me». Uma das minhas favoritas! Para mim, esta música incorpora a frustração, a falta de comunicação e a intolerância com que por vezes lidamos nas nossas vidas. É uma faixa mid-tempo para todos os que sentem que a vida é uma batalha interminável contra tudo e todos. Nunca desistam!!!”, afirmou o músico.

A terceira amostra chegou há umas semanas, sob a forma de «Eyes On Six», uma canção que não deixou margem para dúvidas: a banda oiunda de Brooklyn continua a olhar o mundo bem de frente, pronta a enfrentá-lo com a sua combinação característica de hardcore, metal e protesto urbano.

O tema surge como mais um passo sólido naquilo que tem sido um regresso progressivo desde a reunião de 2022, que devolveu aos palcos a formação clássica dos nova-iorquinos. A energia crua e urbana de «Eyes On Six» mantém a tradição sonora dos BIOHAZARD, marcada por riffs pesados, groove cortante e o contraste entre vocalizações agressivas e cadenciadas, uma fórmula que a banda sempre soube usar para reflectir a dureza da vida nas ruas e a resistência perante as adversidades.

Em comunicado, a banda expressa entusiasmo renovado com este regresso em força: “Estamos muito entusiasmados por termos finalmente a formação clássica dos Biohazard junta novamente em estúdio. Este álbum já há muito que devia ter acontecido, e cada tema vem direto do coração — mal podemos esperar para que todos o oiçam, e para voltar à estrada a tocar estas novas músicas ao vivo. Vemo-nos por aí!”

Recorde-se que, em meados de Julho, a banda já tinha lançado um bombástico single com o sugestivo título «Fuck The System». O tema foi lançado com um vídeo-clip que pode ser visto no player em baixo e que capta na perfeição a energia crua que caracteriza a banda, assim como a sua mensagem urgente. Visualmente directo, o vídeo reforça a agressividade e a convicção da letra do tema, fazendo jus à reputação dos BIOHAZARD como um dos nomes mais combativos do hardcore nova-iorquino.

«Fuck The System» sucede ao tema «Forsaken», que foi editado em Junho, e revela desde os primeiros segundos a abordagem cortante que caracteriza o grupo. Uma introdução com guitarras metálicas e vozes sampladas sobre unidade e coesão abrem caminho para um ataque frontal contra a manipulação política e a cultura da divisão. “We disagree about human rights / No discussion there’s only a fight”, gritam Seinfeld e Graziadei, numa clara denúncia das estratégias de “dividir para reinar” praticadas pelas elites globais.

Numa declaração conjunta, os BIOHAZARD explicam o espírito por trás do tema: “A «Fuck The System» mostra os Biohazard a dizerem as coisas como elas são. Os que detêm o poder têm-nos em confronto uns com os outros enquanto se enchem à nossa custa. Não é por acaso que o mundo está a arder diante dos nossos olhos. É tudo parte da mesma lógica de divisão e controlo — enquanto nos dividem por política, classe, raça, seja o que for, e nos fazem lutar entre nós, são eles que puxam os cordelinhos.”

Produzido por Matt Hyde — conhecido pelo seu trabalho com os SLAYER, HATEBREED e DEFTONES — o álbum foi gravado entre os estúdios Shorefire Recording, em New Jersey, e o The Hydeaway, na Califórnia. Este registo marca o reencontro em estúdio dos membros fundadores Evan Seinfeld (voz e baixo), Billy Graziadei (voz e guitarra), Bobby Hambel (guitarra) e Danny Schuler (bateria), que não gravavam juntos desde 2012.

A digressão norte-americana Divided We Fall arranca a 3 de Outubro em Pittsburgh e inclui 23 datas ao lado de ONYX, lendas do rap de Nova Iorque, dos Bayway e dos misteriosos Swollen Teeth, uma jovem banda com máscaras e influências do nu-metal. Esta aliança entre rap e hardcore não é novidade para os BIOHAZARD, que desde os 90s têm cruzado fronteiras estilísticas, antecipando muitas das fusões que viriam a marcar a música pesada nas décadas seguintes.

«Divided We Fall» chega num momento em que o mundo parece mais polarizado do que nunca, e os BIOHAZARD surgem como veteranos que nunca deixaram de acreditar no poder combativo da música. Este novo álbum, carregado de mensagens duras e som de rua, promete não só reavivar a carreira da banda como também trazer a sua voz para o debate social e político de 2025. O sistema, ao que tudo indica, vai mesmo ter de lidar com eles outra vez.

01. F**k the System | 02. Forsaken | 03. Eyes On Six | 04. Death Of Me | 05. Word To The Wise | 06. Fight To Be Free | 07. War Inside Me | 08. S.I.T.F.O.A. | 09. Tear Down The Walls | 10. I Will Overcome | 11. Warriors