Dublin, a capital irlandesa, recebeu a passagem da mais recente digressão europeia dos austríacos BELPHEGOR, que andam na estrada a promover o seu mais recente disco de originais, intitulado «Totenritual». O único azar, nesta sexta-feira 13, foi só mesmo a notícia de que os Deströyer 666 tinham abandonado a digressão uns dias antes por questões profissionais mas, mesmo assim, o entusiasmo para receber os cabeças-de-cartaz sentia-se ainda antes das portas abrirem.
Os brasileiros Nervo Chaos foram os primeiros a subir ao palco e contaram com alguns
conterrâneos na plateia, que tornaram a actuação da banda bastante mais animada. Já com os belgas
Enthroned em cena, o nível e a qualidade musical começou a subir e o público a chegar-se à frente
de palco com os primeiros circle pits da noite a terem lugar e as primeiras idas ao chão também ao som de temas como «Baal al Maut», «Obsidium» e «Of Feathers and Flames». Os 40 minutos que estiveram em palco acabaram por saber a pouco e, com a ausência dos Deströyer 666, não teria sido má ideia que tivessem tocado mais uns minutos.
O profissionalismo dos BELPHEGOR é, desde o primeiro momento, bastante evidente, com a banda a apostar forte na sua imagem em palco com ossos, caveiras, cruzes intervertidas e sangue. O som que sai das colunas é quase perfeito e os fãs entregaram-se de corpo e alma ao ritual dos austríacos que focaram grande parte da sua actuação no mais recente trabalho de estúdio, com destaque para «Devil’s Son», «Totenkult – Exegesis of Deterioration» ou «Baphomet». Já totalmente possuídos, os fãs foram brindados ainda com «Diaboli Virtus in Lumbar Est» a encerrar uma noite que provou, mais uma vez, que os BELPHEGOR são uma das melhores bandas de death/black metal da actualidade.