BALA é um duo galego. BALA é raiva com episódios de melodia. Punk em que alguns veem stoner, rock para o século XXI, com muita energia. BALA ainda está a crescer, mas no seu território já encontrou fãs suficientes para fazerem umas centenas de quilómetros e ajudarem a esgotar um auditório encontrado sobre a hora, face à chuva. BALA é bateria e voz. BALA é guitarra e voz. Do duo saem histórias, por vezes autobiográficas e grita-se. A emoção está à flor da pele, por vezes lembra BLACK COBRA, outras algo ainda mais enérgico. Não rejeitam o rótulo stoner, mas quem as vê, percebe ser pouco. “Só nós sabemos o que somos”, referiam à LOUD! em backstage antes do concerto. “Gostamos de concertos curtos, preferimos que depois peçam mais se gostarem”. Foram cinquenta minutos intensos, os que o duo proporcionou, praticamente jogando em casa, face a tanto público galego.
Foram quase dezena e meia de temas, num espectáculo que até arrancou suave, com «Agitar», o mesmo tema que abre «Maleza», disco colocado à venda no dia anterior à data bracarense. A velha capital da Calaécia, recebia assim uma banda da sua província, na apresentação do terceiro disco. E que melhor local que o Museu onde se celebra a velha capital romana? «Maleza» é o grito de raiva editado pela Century Media Records e quase todos os seus temas rodaram neste final de tarde, onde ainda se encontrou espaço para visitar «Lume» e «Human Flesh», os dois trabalhos anteriores do duo. Um bom concerto, um bom duo. Voltarão ao norte de Portugal para mais duas datas, em Matosinhos, a 19 de Junho, e no Peso da Régua, a 17 de Julho. Vão, escutem este duo e percebam como pode ser ruidoso… e bom!