Com a estreia «desassossego», os nacionais AVESSO exploram as profundezas, e os cumes e vales, do espírito humano.
No passado Sábado, dia 9 de Novembro, o Porto testemunhou finalmente a estreia de «desassossego», o muito aguardado álbum de estreia dos AVESSO, no palco do Amplifest, e a banda aproveitou o momento para lançar também o seu terceiro single, «Aos que a felicidade é sol virá a noite», acompanhado por um vídeo-clip que complementa na perfeição a profundidade do tema e que já está disponível no player em baixo.
Os AVESSO são o resultado de uma residência artística idealizada no início de 2022, que reuniu músicos com diferentes influências e abordagens musicais, acabando por se solidificar num projecto de enorme coerência e criatividade. A formação — composta por Diogo Leite (bateria), Dani Valente (guitarra), Vitor Hugo (guitarra e voz) e Paulo Rui (baixo e voz) — encontrou nos temas de «desassossego» um espaço para explorar os complexos domínios do espírito humano, das sombras às luzes, numa sonoridade que se exprime em português e alia melodias delicadas a dissonâncias cruas.
Ao longo de 2023, a banda dedicou-se ao processo de criação no Caos Armado Estúdio, sob a produção conjunta dos próprios AVESSO e de Dani Valente. Desse trabalho intenso e experimental resultaram 14 faixas que compõem o álbum, cada uma reflectindo o processo colaborativo que se deu no estúdio e que já havia deixado impressões bem marcantes com os dois primeiros singles de avanço para o disco, «se eu pudesse trincar a vida toda» e «a existência dos homens». Estes temas foram o primeiro vislumbre para o público do som singular dos AVESSO, feito de rock, mas incorporando nuances que desafiam acabam por desafiar as estruturas habituais do género.
Como podes comprovar em baixo, todas essas expectativas se confirmam em «desassossego», um disco singular, editado numa colaboração entre a Raging Planet e a Roma Inversa, que promete tornar-se um marco na música alternativa em Portugal, posicionando os AVESSO como uma voz bastante distinta que aposta na complexidade emocional e no desdobramento de géneros musicais, numa abordagem que tanto cativa os apreciadores de rock como aqueles que procuram uma experiência musical inovadora e introspectiva.