Os norte-americanos VEIL OF MAYA e os suíços KASSOGTHA asseguraram a primeira parte da digressão europeia que traz pela primeira vez os AVATAR a Portugal em nome próprio. O concerto encabeçado pelos autores de «Dance Devil Dance» acontece a 26 de Março, no LAV – Lisboa Ao Vivo. “Já passou muito tempo desde que nos alimentámos. Estamos famintos e furiosos, está na hora. A estrada está a chamar por nós.” – foi assim que os suecos AVATAR anunciam o seu regresso às digressões. Depois de um ano atípico, afastados da estrada mas focados na criação do mais recente álbum, intitulado «Dance Devil Dance», os músicos preparam-se para apresentar o novo material ao vivo, numa rota que os vai levar em tour pelo velho continente e que os traz pela primeira vez a Portugal em nome próprio. Depois de, nos idos de Novembro de 2013, terem deixado o Campo Pequeno estarrecido perante a força de uma proposta sem igual dentro do metal contemporâneo.
Graças a uma punitiva mistura de metalcore, djent e deathcore, durante a última década os norte-americanos VEIL OF MAYA transformaram-se num dos nomes mais badalados do metal moderno feito do outro lado do Atlântico. Criado nos arredores de Chicago, no Illinois, o quarteto liderado por Marc Okubo e Sam Applebaum lançou o seu primeiro álbum, «All Things Set Aside», em 2006 e passou a maior parte dos dois anos seguintes a promovê-lo na estrada. Eventualmente, arranjaram tempo para voltar ao estúdio e, em 2008, saiu «The Common Man’s Collapse» através da Sumerian Records. Sem perder muito tempo, o grupo partiu de novo em digressão e, revelando uma rigorosa ética de trabalho, nunca mais voltou a parar, mantendo-se consistentemente na estrada e lançando de forma regular uma sequência de álbuns sempre em crescendo – «ID» em 2010, «Eclipse» em 2012, «Matriarch» em 2015 e «False Idol» em 2017. «[m]other», o mais recente LP do grupo, foi editado no passado dia 12 de Maio.
Criados pela letrista Stephany e pelo principal compositor Morty em Genebra, na Suíça, os KASSOGTHA lançaram o seu álbum de estreia «A New World To Come» em 2017, rapidamente sucedido pelo EP «The Call», de 2019, em que mostraram toda a sua diversidade musical com uma versão ousada de «Welcome To The Machine», dos Pink Floyd. Em 2022, voltaram à carga com «rEvolve», um álbum conceitual em que a vocalista exorciza os seus demónios e conta a história de um ciclo autodestrutivo de medo, ansiedade e ciúme. Num mundo que normaliza a negatividade, onde é comum esquecermo-nos como ser nós mesmos, o segundo álbum do grupo leva o ouvinte numa jornada para vencer a dúvida e sair vitorioso do outro lado, através de “uma mistura de agressão explosiva com melodias emotivas e riffs ferozes. «rEvolve» foi produzido nos lendários Fascination Street Studios, em Estocolmo, com David Castillo e lançado pela Klang Machine Records a 11 de Novembro do ano passado.