Depois de terem sido anunciados em data única na Península Ibérica, num exclusivo para o RESURRECTION FEST, os norte-americanos AS I LAY DYING acabaram a ser retirados do cartaz do festival. Apesar do anúncio ter deixado muitos fãs satisfeitos, a pressão social de alguns grupos, prevaleceu sobre a escolha de muitos, levando a que a organização retirasse a oferta.

Para quem não acompanhou o caso, o vocalista Tim Lambesis foi condenado a seis anos de prisão por ter planeado o assassínio da esposa, nunca consumado. Após cumprida a pena, o grupo resolveu voltar à actividade, iniciando uma digressão norte-americana, a primeira em cinco anos, quase metade dela esgotada, e anunciando uma digressão europeia para os fins de 2018, parte dela também já esgotada. A data do Resurrection inseria-se num conjunto de festivais de Verão em que o grupo iria participar.

O festival fez o anúncio na passada quinta-feira e alguns grupos sociais criaram pressão que levaram a organização a emitir um comunicado em que refere “estar consciente do problema que a violência conjugal representa na sociedade” e ser um aspecto em que são particularmente sensíveis, “tal como outras formas de opressão e intolerância, esta não tem lugar no festival ou na cena que integram.”

No mesmo comunicado, a organização ressalva que a contratação foi feita porque acreditam “na reintegração social e no direito das pessoas a se reabilitarem após cumprirem as penas a que são sujeitas.” A partir do momento em que foi feito o anúncio da retirada, levantou-se um movimento de condenação, acusando o festival de ceder ao politicamente correcto. Até ao momento, ainda não há uma posição oficial da banda.