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Em vésperas do primeiro concerto por cá em mais de uma década, Dan Searle, o baterista dos ARCHITECTS, revela os obstáculos que tiveram de enfrentar para regressar a Portugal.

Os ARCHITECTS regressam a Lisboa já amanhã, dia 22 de Março de 2025, para um concerto muito aguardado na Sala Tejo da MEO Arena. Este regresso marca o fim de uma ausência de mais de uma década, e a banda promete compensar a longa espera com um espectáculo poderoso e memorável. No entanto, o baterista Dan Searle revelou que incluir Portugal nas digressões europeias continua a ser um desafio logístico complicado — o que torna este regresso ainda mais significativo.

Lisboa é o fim da linha“, explicou Searle em conversa com a LOUD!. “Vê-se isso no itinerário. Vamos a Barcelona, Madrid, Lisboa… e depois temos de voltar para trás. Os custos de uma digressão hoje em dia são incrivelmente elevados, e para nós é difícil ganhar dinheiro com estas deslocações longas.

Searle revelou ainda que os custos de operação para uma banda como os ARCHITECTS são substanciais. “Viajar de autocarro pela Europa é caro. Temos uma equipa técnica completa, temos que cobrir despesas de transporte, alimentação, alojamento e produção. Quando se chega a locais como Lisboa ou Helsínquia, o percurso de ida e volta é muito mais longo, o que faz disparar os custos. Por isso, de certa forma, há alguns sítios na Europa que acabam por sofrer um bocado com isso. Helsínquia, na Finlância, também é assim. É um óptimo lugar para irmos, mas é sempre difícil de lá chegar.

Lisboa é tão longe de tudo o resto, em termos das distâncias que temos de percorrer num autocarro… E o custo de uma digressão hoje em dia é incrivelmente elevado, por isso, para nós, é muito difícil ganhar dinheiro. Mesmo nesta digressão não estamos a ganhar dinheiro; aliás, estamos a perder dinheiro. Estamos aqui apenas por amor e nada mais, para ser honesto, por isso ficámos mesmo muito contentes por termos aproveitado esta oportunidade para regressar, por fim, a Lisboa.

Apesar dos desafios logísticos, a ligação emocional com o público luso foi suficiente para convencer os ARCHITECTS a marcar esta data. “Da última vez que tocámos em Portugal,tocámos em salas pequenas para algumas centenas de pessoas. Agora, disseram-me que os bilhetes estão a vender muito bem e que vamos tocar para milhares de pessoas. Isso é incrível“, disse Searle. A ligação pessoal do músico britânico com Portugal também teve um papel importante nesta decisão, segundo nos contou.

Estive aí duas vezes no ano passado de férias com a minha mulher e os meus filhos. Gostámos muito de estar aí. É um país onde eu gostaria de viver“, confessou. Para Searle, este aguardado regresso a Lisboa afirma-se como uma oportunidade para reforçar a relação especial com os fãs portugueses. “Queremos que este concerto fique na memória de toda a gente. Queremos que os fãs saiam com a sensação de que valeu a pena esperar todos estes anos“, diz ele.

Com uma produção meticulosa, um alinhamento equilibrado e uma energia renovada, o concerto dos ARCHITECTS na Sala Tejo da MEO Arena promete ser um dos momentos altos desta digressão — um regresso triunfal de uma banda que nunca perdeu o respeito e a admiração do público luso. “Esperemos que o espetáculo seja tão louco que não tenhamos outra escolha senão voltar o mais rapidamente possível“, concluiu Searle.

Os bilhetes para o concerto, que conta também com os BRUTUS e os GUILT TRIP como convidados especiais, estão disponíveis em primeartists.eu e nos locais habituais. Os preços variam entre os 40€ (bancada) e os 45€ (plateia).