Os ARCHGOAT são já uma instituição do black/death europeu. Íntegros e consistentes como poucos, os finlandeses têm o seu quarto álbum, «The Luciferian Crown», já disponível desde a passada 6ª feira. Se ainda vos restam algumas dúvidas sobre a obrigatoriedade da aquisição deste animal selvagem, qual é o vosso problema? Seja qual for, damo-vos agora a oportunidade de o ouvirem na íntegra antes de se comprometerem!
Pelo caminho, o baixista/vocalista Lord Angelslayer respondeu a um par de perguntas postas pela LOUD!, em jeito de preâmbulo do mergulho infernal que estão prestes a dar.
O que é que achas que separa os Archgoat de outras bandas de black metal no activo actualmente?
O primeiro e óbvio facto é estarmos no activo há 29 anos, por isso no nosso caso ninguém da cena pode dizer que estamos só “de passagem”. Outra coisa – relacionada com a primeira – é que, quando começámos, as bandas estavam efectivamente a criar a sua própria visão do black metal, antes do sandboxing ter começado, e todos os mal entendidos e vedações à volta do género começaram a foram construídos. Connosco, a filosofia sempre teve um papel principal, ao passo que as novas bandas parecem, na sua maior parte, só ligar à orientação musical do black metal, sem compromisso nenhum com o satanismo. O grande mérito, para nós, é praticar o que pregamos. A cena está a evoluir e/ou a degenerar e a diluir-se, mas atrevo-me a dizer que estas mudanças não nos afectaram, e que percorremos o nosso caminho desde sempre. Isto não é um género para miúdos de vinte e tal anos, mas sim um percurso de vida, que requer total dedicação sem compromissos.
Ainda sentes que o cristianismo é o principal inimigo? Se sim, porquê?
O satanismo representa evolução, progressão e o quebrar de barreiras, ao passo que o cristianismo tem a ver com a obstrucção desses elementos. O satanismo, da forma como o compreendo, é um homem com a sua religião que o empurra para a frente, ao passo que o cristianismo é uma religião de massas para conter, oprimir e retirar benefícios das ovelhas. De certa forma, pode-se pensar no satanismo como um sistema que emite uma lufada de ar fresco no teu cérebro, permitindo-lhe trabalhar melhor, e no cristianismo como um agente sufocante que te restringe a fazer mais alguma coisa que não seja tentar respirar. Tenho um sério problema, quando me é oferecida esta comida processada de bebé como se fosse uma escolha na minha vida, e farei tudo o que estiver ao meu alcance para me opôr a isso.
Agora, toca a ouvir!