Nunca fizeram parte da sagrada trilogia do hard rock dos 70s. Dificilmente, ao contrário dos LYNYRD SKYNYRD, ZZ TOP, RUSH, QUEEN ou SCORPIONS, entre muitos outros, conseguiram entrar naquela lista do “também eram bons” ou “gosto de alguma coisa”. No entanto, os STATUS QUO estão prestes a celebrar seis décadas de existência, onde encaixam mais de 60 êxitos no top britânico, 22 deles no Top 10 de singles e 25 no equivalente para álbuns. Há trinta anos receberam um Brit Award por ‘Outstanding Contribution to Music’, que revela o respeito que sempre mereceram em território britânico. Tudo isto, numa carreira construída sobre mais de 100 singles e 33 álbuns. Essa carreira começou logo em 1968, com «Picturesque Matchstickable Messages From The Status Quo». É o seu primeiro disco e, neste registo de imagem gravado na época para «Pictures Of Matchstick Men», escuta-se um tema de psych rock, audacioso para a época e afastado do boogie rock pelo qual o grupo de Francis Rossi, mais tarde, viria a ser conhecido.

Prova da excelência do tema, é a sua escolha por OZZY OSBOURNE para cantar com os TYPE O NEGATIVE. Fizeram assim uma versão para a banda-sonora de ‘Private Parts’, o filme biográfico de Howard Stern, em 1997. Os CAMPER VAN BEETHOVEN conseguiram mesmo um número um de vendas, graças à sua versão do mesmo tema. E os KASABIAN também a celebraram há uns anos atrás. O boogie rock que tornou célebre o colectivo, serviu como uma luva para o thrash, como os germânicos GODSLAVE provaram com a sua rendição de «Too Far Gone». E nas roupagens electrónicas dos LAIBACH, que mostraram como uma balada pop como «In The Army Now» consegue ser revisitada e ganhar novo fulgor. Também do lado dos STATUS QUO muitas foram as vezes que revisitaram outros artistas e conseguiram o sucesso. Hoje, limitam-se a revisitar o passado, apenas com Francis Rossi ao leme. Rick Parfitt partiu definitivamente em 2016 em esta semanam foi a vez de Alan Lancaster, já retirado em 1985, partir definitivamente. Restam as canções e as suas versões.

Emanuel