É um dos álbuns nacionais mais aguardados do ano, e «Quiescence» marca não só o regresso dos ANALEPSY às edições como também a primeira gravação do grupo com a sua nova formação, após a turbulência de 2019. “A saída do Tiago e do Diogo foi um processo que durou mais de um ano antes do anúncio oficial”, revela agora Marco Martins. “Felizmente não houve nenhum tipo de atritos, eles saíram porque sentiram que queriam seguir em frente com outros projetos”. Após as saídas, naturalmente que o grupo passou “por um período de procura de músicos que se encaixassem e se identificassem com o trajecto que os Analepsy pretendem seguir”. A actual formação do grupo integra Marco Martins, na guitarra, João Jacinto, no baixo, e Calin Paraschiv, voz e guitarra. Tiago Correia é o responsável pela bateria neste disco. Cada escolha de um novo elemento, teve, naturalmente a sua história. “A entrada do João Jacinto para a posição de baixista, foi uma escolha óbvia”, conta o músico. “Ele já tinha tocado connosco ao vivo em concertos anteriores e foram experiências positivas” pelo que “acabou por entrar logo após a saída do Flávio Pereira”. Quanto aos restantes elementos, “em meados de 2019, ainda antes do anúncio oficial da saída do Tiago Correia, decidimos fazer tryouts para baterista, o que foi uma aventura”, recorda. “Contudo, este procedimento demorou o seu tempo, mas que no final se mostrou frutífero” visto terem conseguido “encontrar um baterista que integrará Analepsy no futuro”. Finalmente, no caso da saída de Diogo Santana, esta “deixou a possibilidade de juntar um ou dois músicos, já que ele tinha duas funções na banda”. “Encontrámos o Calin também através de tryouts e acabou por cumprir o papel do Diogo em ambos os aspectos, como guitarrista e vocalista”.
Depois de termos revelado a capa e o título do álbum há uns dias, bem como a ficha técnica do mesmo, chega agora o primeiro áudio retirado deste novo trabalho, gravado entre Agosto e Outubro do ano passado, nos Demigod Recordings. «Quiescence» contou com captação, produção, mistura e masterização a cargo de Miguel Tereso. “Quero destacar principalmente os elementos mais técnicos que decidimos introduzir na música”, sublinha Marco Martins. “A essência mantém-se a mesma, mas com uma composição mais elaborada”, revela o guitarrista. “Conseguimos manter o som que define os Analepsy, mas com elementos que identificam cada um dos novos integrantes também”. A curiosidade é naturalmente elevada, com o músico a afirmar que «Quiescence», “serve como uma continuação do «Atrocities from Beyond», é mais estabelecido e convicto naquilo que a banda é”. Em termos temáticos, o colectivo manteve “o motivo espacial como nos lançamentos anteriores”. Como novidade no processo de construção da nova obra, Marco revela que foi consultada “pela primeira vez, uma pessoa que não integra a banda, o que acelerou o desenvolvimento do álbum”. Como avançado anteriormente, o disco vai ter três editoras envolvidas, as nacionais Vomit Your Shirt e Miasma Records, responsáveis pelas edições em CD e cassete, bem como tudo o que envolve o comércio mundial da obra, e a polaca Agonia Records que se vai responsabilizar pela edição em vinil. O novo trabalho terá um primeiro lançamento a 15 de Abril, sucedendo-se a edição de vinil a 27 de Maio.
01. Locus Of Dawning
02. Impending Subversion
03. Elapsing Permanence (featuring Wilson Ng)
04. Accretion Collision
05. Stretched And Devoured (featuring Angel Ochoa)
06. Converse Condition
07. Fractured Continuum
08. Spasmodic Dissonance (featuring Ricky Myers)
09. Edge Of Chaos
10. Quiescence (Instrumental)