Acabadinhos de sair do palco em Barcelona, os AIRBOURNE – representados nesta ocasião pelo baterista Ryan O’Keeffe – tiveram uma breve conversa exclusiva com a LOUD!. O músico começou por explicar que, como é compreensível, se sente aliviado por voltar aos palcos depois de dois anos de pandemia. “Quando és um pintor, passas a vida pintar e tornas-te melhor no que fazes com o passar do tempo”, elabora o músico. “Se, de repente, alguém te diz que durante dois anos não vais podes fazer isso, temos aí algo que não é nada bom para a criatividade e para a mente. Foram dois anos muitos difíceis, mas estamos de volta! Por muito estranho que possa parecer, estamos a soar melhor que nunca e também estamos com muito mais energia. A verdade é que, quando nos tiram algo, tendemos a trabalhae duas vezes mais para voltar a ter isso de volta. Talvez tenha sido isso que se passou connosco”. Com os IRON MAIDEN como som de fundo, a conversa continuou e, apesar dos problemas de ligação, o baterista da banda australiana deixou um recado ao púbico nacional. “Apesar dos Iron Maiden e dos Airbourne serem duas bandas diferentes – uma faz rock e a outra faz heavy metal –, ambas têm a mesma paixão, a mesma presença em palco e interacção com os fãs. Nós vamos subir ao palco às 18:30 e posso garantir que ninguém vai sair desiludido”, atirou para cima da mesa, apelando a que o público chegue a tempo de vê-los. Uma prova da boa onda que caracteriza esta gente talvez seja mesmo o facto de se terem tornado amigos da equipa dos IRON MAIDEN e beberem umas cervejas todos os dias, o que acabou por abrir a porta ao convite para partiicparem nesta digressão. No entanto, segundo Ryan, o mais importante, foi o técnico de Nicko McBrain ter dito aos Airbourne que “nunca tinha visto nenhuma banda de suporte criar circle pits num concerto dos Iron Maiden. Normalmente ficam de braços cruzados ou viram costas à banda.” Para a despedida, entre risos, ficou uma garantia: “Há muito energia num concerto dos Airbourne e ninguém vai sair de lá desiludido. Quem assistir ao concerto vai sorrir e vai ter uma cerveja na mão, porque no final vão beber umas cervejas connosco.”