Os lendários ACCEPT regressaram finalmente a Portugal e assinaram uma noite recheada de puro heavy metal!
As longas filas antes das portas abrirem eram prenúncio de casa cheia para receber os ACCEPT liderados por Wolf Hoffmann e a verdade é que a lotação esgotou quando, às 21:00, a banda subiu ao palco Sala 1 do LAV – Lisboa Ao Vivo. Foi ao som de dois temas do mais recente «Humanoid», «The Reckoning» e o tema-título, que a banda iniciou as hostilidades e agarrou rapidamente o público logo desde o primeiro acorde.
Para quem acha que esta versão dos ACCEPT é uma banda de versões e não tem ouvido os álbuns que têm lançado desde «Blood Of The Nations» (o disco de 2010 que marcou a entrada de Mark Tornillo para a voz), tem perdido excelentes registos de heavy metal, e a prova disso é como os temas mais recentes encaixam muito bem entre os clássicos do grupo germânico.







«Restless And Wild», «London Leather Boys» e «Living For Tonite» levaram-nos novamente a uma viagem aos anos 80. A acompanhar Hoffmann e Tornillo estão os guitarristas Uwe Lulis (ex- Grave Digger e Rebellion) e Philip Shouse, e ainda o baterista Christopher Williams e o baixista Martin Motnik, que deram conta do recado de forma exemplar. «Straight Up Jack»,do mais recente disco dá ares a AC/DC e provoou além de qualquer dúbida razoável, assim como «Midnight Mover», do álbum «Metal Heart», tocada logo de seguida e a celebrar 40 anos desde a sua edição original.
Depois de «The Abyss» seguiu-se um medley denominado ‘Riff Orgy’, que incluiu excertos de «Demon’s Night», «Starlight», «Losers And Winners» e «Flash Rockin’ Man». A seguir, «Frankstein» marcou a última passagem por «Humanoid» e, de forma cómica, «Son Of A Bitch» foi introduzida por Tornillo como uma canção de amor. Com «Dying Breed» os músicos assinalaram a única passagem pelo álbum de 2014, «Blind Rage».






Após o clássico «Breaker», ouviu-se «The Best Is Yet To Come»,um dos momentos mais calmos da noite, mas um bom pronúncio do que ainda estava para vir. Sempre em crescendo, «Shadow Soldiers» antecedeu a inevitável «Princess Of The Dawn», que levou o público a cantar bem alto, e, com «Metal Heart», a loucura foi total. Aquela introdução e o solo clássico fazem do tema um dos mais emblemáticos da carreira dos ACCEPT.
Já na recta final, «Teutonic Terror» e «Pandemic» foram a prova viva de, como mencionado, os temas mais recentes encaixam na perfeição no alinhamento. Para o encore, ficaram guardados três “petardos”: «Fast As A Shark», «Balls To The Wall» e «I’m A Rebel». No final, foram duas horas em que ninguém saiu da sala a queixar-se do que quer que fosse. Bom som, boa luz e uma noite recheada de puro heavy metal!