AC/DC

AC/DC: As imagens restauradas da última actuação com o malogrado BON SCOTT [vídeo]

Uma interpretação explosiva do single «Touch Too Much», contido no clássico «Highway To Hell», dos AC/DC.

Bon Scott, o saudoso vocalista dos AC/DC, faleceu a 19 de Fevereiro de 1980, com apenas 33 anos. Doze dias antes, no final do mês de Janeiro, a lendária banda australiana actuou pela última vez com o seu primeiro vocalista realmente carismático, numa situação um pouco diferente daquelas a que estavam habituados. Em vez de subiram a um palco num clube, os músicos tocaram num estúdio de televisão, como o grupo dos irmãos Young a participar no famoso programa Top Of The Pops, da BBC.

Na altura a concluir a digressão de promoção ao clássico «Highway To Hell», de 1979, os AC/DC interpretaram uma versão demolidora do single «Touch Too Much», com a actuação do quinteto, que pode ser vista no player em baixo em versão restaurada, a ser captada ao vivo no Gaumont Theatre, em Southampton, em Inglaterra.

Numa emissão apresentada pelo DJ Steve Wright, que fez aqui a sua estreia na função de apresentador do programa televisivo, participaram também os The Tourists, The Boomtown Rats, The Nolans, The Chords, The Regents, The Selector, Buggles e Joe Jackson. Talvez por ter sido a última canção que tocaram com o seu vocalista original, os AC/DC não voltaram a interpretar a «Touch Too Much» até 2016, quando Axl Rose substituiu temporariamente Brian Johnson, que tinha entrado para o grupo seis semanas após a morte de Bon Scott.

A 9 de Julho de 2021, foi lançado um site oficial em memória de Bon Scott, no dia em que a lenda dos AC/DC teria completado o seu 75º aniversário. O website foi criado pela família do falecido cantor da banda australiana e inclui inúmeras histórias sobre o músico contadas por vários músicos de renome.

Por exemplo, o frontman dos JUDAS PRIESTRob Halford, que escreve: “A atitude de frontman de Bon deu-lhe a persona que o mundo o amava. A sua voz, o seu olhar e a sua personagem em palco atraíram-nos a todos – há uma singularidade inigualável que solidifica o estatuto lendário de Bon no rock ‘n’ roll. Eu observava-o a trabalhar a partir do lado do palco e da frente e o magnetismo que ele projectava era ininterrupto.

Sentia a pura energia de amor e honestidade que ele emanava com a sua banda. Tivemos encontros saudáveis no camarim e no tour bus. Ele falava do coração, sem confusão e sem ego. Como cantor, não pode ser correspondido em virtude do estilo e do som. Nós amamos e sentimos a tua falta, Bon“.

Já Steve Perry, dos JOURNEY, imagine-se, conta uma história sobre o dia em que conheceu Scott: «Nós, nos Journey, continuávamos a nossa labuta, os Van Halen estiveram connosco durante cerca de um mês e tinham acabado de sair da digressão para perseguir os seus sonhos. Quando dei por mim, estava no Texas e uma nova banda da Austrália acabara de ser acrescentada à nossa digressão.

Tinha ouvido falar dos AC/DC, mas nunca os tinha visto ao vivo. Quando entrei, ouvi este enorme groove de bateria, baixo e guitarra rítmica e uma voz que sobe acima de tudo como nenhuma outra. Entrei pelo lado esquerdo do palco, para ver o que estava a acontecer e lá estava ele, Bon Scott com uma garrafa de Jack, sem camisa, Levis e botas de cowboy. A sua voz era tão poderosa que me mudou para sempre. Ele viveu como era“.