A BANDA DA SEMANA DO PAULO ANDRÉ: TOME

A BANDA DA SEMANA DO PAULO ANDRÉ – TOME

Estava aqui a pensar num paleio introdutório todo elaborado, a discorrer sobre uma série de coisas de interesse duvidoso, quando me ocorreu que na realidade tudo aquilo que convencionamos chamar “mundo” empalidece perante este vídeo que aqui partilho convosco.

http://www.youtube.com/watch?v=-lGJ9AZPDdY

‘Nuff said.

Posto isto, sem mais delongas, avancemos directamente para a banda desta semana, que nos chega das remotas regiões da Irlanda do Norte. Em jeito de desintoxicação de toda a castanhada que tem aparecido neste espaço, desta vez vamos baixar consideravelmente o beat, entrando em territórios de puro doom, bem sujo e viscoso. Os TOME só têm por enquanto uma demo para mostrar, porém trata-se de uma senhora demo, que em pouco tempo já vai na segunda edição (apenas em cassette) e que por esta altura provavelmente também essa já desapareceu por entre as fendas do underground. Para isso terá seguramente contribuído uma interessante prestação a abrir o Dublin Doom Days do ano passado ao lado de nomes como os Hour Of 13 ou os brilhantes The Wounded Kings.

Sem trazer nada de verdadeiramente inovador às masmorras do sludge/doom, porém sendo um excelente exemplo de como continua a ser possível fazer algo especial com uma abordagem muito crua e simples, esta «Demo MMXII» confia quase exclusivamente no poder do riff e na criação de ambientes particularmente negros com a mesma confiança que vemos noutras bandas com algumas semelhanças, como os Cough ou os Noothgrush. Juntando a isso uma voz lá bem do fundo do poço e uma mal-disfarçada costela rock a lembrar os momentos mais lentos de uns High On Fire, é caso mais que suficiente para esperar com alguma impaciência uma edição mais longa e elaborada deste trio de Belfast. Confiram por vocês, mas se a escola dos Sabbath e dos Electric Wizard é-vos particularmente grata, aqui não há muito que enganar.

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Também por aqui, esta semana:

Livros: «Livro de Crónicas», António Lobo Antunes; «A Esperança», André Malraux
Música: Toxic Holocaust/Joel Grind, KEN mode, Devourment, Besta, Godflesh, Tomahawk, Clutch

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